Não é bem assim
(teologiafacil.com.br)
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Pô Serjão, você só conta histórias de boteco!!!!
Quando
ele falou isso no café de toda sexta-feira que tomamos no Sempre Vale, logo
depois da crônica sobre a Ludmila, imediatamente lembrei-me de uma conversa há
muitos anos com minha irmã Maria Silvia sobre os grandes autores de crônicas e
ao citar os meus preferidos, entre eles Veríssimo, Rubem Braga, Pratinha, ao
nome do baiano João Ubaldo Ribeiro ela disse que não gostava deste por ser
muito “cachaceiro”. Fiquei preocupado: será que meus leitores me classificariam
assim também? E a dona Neiva, minha primeira fã, o que será que pensa disso?
Confesso
que a maioria de meus artigos foi inspirada nos frequentadores de botecos, ou
nas narrativas vividas no Cotil, por pessoas que dificilmente serão pacientes
do Dr. Aníbal ou da Dra. Solange Dantas, mas tenho também histórias muito mais
sérias como as daquele ano em que o Pena e eu resolvemos conhecer todas as
igrejas da cidade. Para tanto marcamos que toda sexta, por volta das dez horas
da manhã, sairíamos à procura de uma delas.
Começamos
pela de Nossa Senhora de Lourdes, no bairro N.S. das Dores, moderna, com
grandes janelas de vidro, ampla, própria para a grande quantidade de fiéis do
lugar. A próxima foi a de Santa Edwiges, no Jardim Presidente Dutra, perto da
rotatória reformada pela prefeitura recentemente. Foi lá que a dona Alzira,
muito gentil, nos explicou sobre a saga da santa, despojando-se de toda sua
riqueza para cuidar dos necessitados. E assim foram várias delas na sequência:
Santa Luzia (do saudoso Padre Maurício) na Vista Alegre, Nossa Senhora da
Aparecida na Vila Queiroz, Nossa Senhora do Amparo perto do Jornal de Limeira,
Santo Expedito na Granja Machado e até uma que não existia ainda, a de Frei
Galvão, bem próxima do Limeirão.
Depois
de percorrermos quase toda a cidade, resolvemos ir também às vizinhas, como a
de Jesus Crucificado em Iracemápolis, linda, muito bem cuidada, com seu alto
falante anunciando as mortes ocorridas, ou à de Nossa Senhora da Assunção no
Bairro Cascalho em Cordeirópolis, também maravilhosa, com seu ótimo salão de
festas, talvez responsável pelo sucesso das grandes festas que por lá
acontecem. Também a caminho do rancho, fomos visitar a de Nossa Senhora do
Patrocínio, em Araras, única que pode ser chamada, arquitetonicamente falando,
de basílica na diocese de Limeira.
Num
outro dia, após visitarmos a de Nossa Senhora das Vitórias, ali no caminho para
Mogi-Mirim, tivemos o mesmo diálogo de sempre: “E agora Pena, depois de já
termos visitado a igreja de toda sexta, aonde vamos?”.
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“Que tal uma passadinha no Bar do Galo, lá nos Pires”- ele disse.
Sérgio Lordello
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