Rotatória do Enxuto
Primeiro seria importante deixar bem claro que não estou
opinando em nome do Movimento Rotatória Cotil/FT/Unicamp, mas sim emitindo a
minha opinião própria. Como se sabe esse grupo, a mais de 20 meses tem tentado
sensibilizar autoridades sobre o problema de insegurança de pedestres,
ciclistas, motociclistas, veículos que se aventuram naquela região em pleno
centro de Limeira. É claro para o Movimento que melhorias ali dependem de duas
esferas: a estadual e a municipal.
Neste tempo todo o grupo tentou de todas as maneiras ser
recebido pelo governo de estado através da Artesp, responsável direta pelo
gerenciamento de ações que possam ser desenvolvidas naquela rodovia, seja pela
concessionária que cuida da pista atualmente, mas que tem suas ações
dependentes da primeira; também diretamente na Agência com dezenas de e-mails,
contatos telefônicos, intervenção de deputados estaduais da região; procurou
lideranças políticas da cidade, principalmente aquelas que tem relacionamentos
com o governador, mas nada foi capaz de sensibilizar a Artesp dentro de sua
redoma para que pudesse receber um grupo de cidadãos trabalhadores que vivem
diariamente o problema que visualizam os acidentes, as vítimas regularmente.
Não conseguimos nada, lá tudo permanece do mesmo jeito, só crescem as
estatísticas e o número de desculpas para não nos atender.
Já a nível municipal fomos recebidos pelo Prefeito no início
deste ano onde sugerimos uma série de pequenas intervenções no entorno da
rodovia que poderiam melhorar as condições de segurança dos usuários, soluções
de baixo custo, de rápida implementação. Junto com o secretário de Mobilidade
Urbano prometeram estudos, medidas mesmo que paliativas poderiam amenizar os
conflitos até que o governo do estado assumisse a sua responsabilidade. Infelizmente
até agora não se viu nenhuma ação feita pelo poder público municipal neste
período, apenas a deterioração das elaboradas anteriormente.
O que o Movimento não entende é que essa briga deveria ser de
todos e não apenas de um grupo de cidadãos comuns que conta apenas com
manifestações de apoio da população, o que é muito pouco para os olhos de um
político. Na verdade temos uma rodovia estadual que adentra no perímetro urbano
do município, dirigida por um órgão estadual que tem apenas uma visão macro de
uma estrada e não se preocupa com pontos localizados de conflitos e o município
fica com um gargalo imenso que interfere diretamente no planejamento urbano,
traz consequências para o desenvolvimento da cidade. Seria imprescindível que
pelo menos os governos tivessem e mostrassem como ficaria a situação num
futuro, já que, se realmente quisessem, bastaria a prorrogação por um prazo
muito curto do contrato da concessionária para estar já tudo resolvido
financeiramente. Falta boa vontade de todas as partes.
Sérgio Lordello
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