Quando a fotografia é uma paixão (I)
Tanquã
O mini pantanal paulista
Passando
por Piracicaba, e indo em direção à Anhembi, pela SP-147, há a entrada pela
estrada de terra, à sua direita, para o Tanquã, uns cinquenta quilômetros
depois de Piracicaba. O Tanquã é uma vila de pescadores, bem “vilinha” mesmo, muito
simples, à beira do Rio Piracicaba, que naquele ponto encontra-se bem diferente
do rio que conhecemos na cidade.
Por
conta da barragem de Barra Bonita, alguns quilômetros à frente, já no Rio
Tietê, formou-se um lago na área represada que chega até este ponto, deixando o
rio cheio de curvas, com lagos, áreas pantanosas e bancos de areia. Este local
hoje é conhecido como o “mini-pantanal paulista”. De um lado, é município de
Piracicaba, onde está a vila do Tanquã, do outro lado, é município de São
Pedro. Por conta do progresso, corre o risco de desaparecer futuramente, pois
novas barragens estão previstas no Piracicaba e Tietê.
Quem
já foi ao Pantanal Matogrossense sabe que a região é cheia de vida selvagem,
mas com dificuldade de mobilização devido às grandes distâncias. No Tanquã,
você pode observar muitas espécies, concentradas em uma área relativamente
pequena frente ao Pantanal. Da pequena
vila dá para se ver alguma coisa, dependendo do dia. Mas o melhor mesmo é
contratar um dos pescadores que ali residem e fazer um passeio de barco. Tente
o Ivanildo ou o Alemão, estão sempre por lá. Eles vão te levar pelos meandros
do rio, passando por lugares maravilhosos.
(Tuiuiú)
(Colhereiro)
Você
vai precisar de uma câmara fotográfica, pois não vai irá querer perder a chance
de fotografar muitas das espécies. Algumas delas estão sempre lá, outras são
aves migratórias. Numa manhã, em dezembro passado, contei mais de setenta
espécies diferentes. Garças grandes, pequenas, mouras. Tuiuiús, colhereiros,
cabeças-chatas, caracarás, gaviões, passarinhos dos mais variados, martins-pescadores,
sanãs, jaçanãs, muitos patos e marrecos de várias espécies. E para finalizar o
dia, um encontro especial com a águia-pescadora, que flagrei com um peixe nas
garras, após um bem sucedido mergulho.
( Caboclinho branco)
(Carácará)
(Casal de Caracarás)
(Chopim do brejo)
(Garça grande)
(Garibaldi)
(Gavião cabloco)
(Gavião carijó)
(Gavião do banhado)
(Garça moura)
(Jaçanã)
(Casal de Japacanim)
(Talha-mar)
(Bigodinho)
Tanquã,
que a ganância dos homens e o progresso não permitam que desapareça. Vá logo!
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