Menos a Luísa que está no Canada
( www.mundodastribos.com)
O papel de uma entidade de classe vai muito além de
facilitar a vida apenas de seus associados, ela tem também que estar presente
no dia a dia da cidade acompanhando os fatos, participando de reuniões,
posicionando-se perante a sociedade. Cada uma delas, dentro de sua
especialidade, pode contribuir muito na melhoria da qualidade de vida no
município.
A Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Limeira foi uma
das mais atuantes da cidade num passado recente. Discutiu publicamente e
posicionou-se contra a localização da rodoviária no governo Memau. Alguns anos
mais tarde, quando inúmeros edifícios na região central estavam sendo
construídos, promoveu um simpósio nas dependências da Câmara dos Vereadores
para discutir a influência dos mesmos, nos serviços urbanos como água, esgoto,
eletricidade, trânsito e transporte.
Criou o concurso “Fotografe sua cidade” com o intuito de
preservar a memória urbana com um arquivo das visões da população sobre os seus
pontos de interesse. Liderou o movimento contra a ida da Faculdade de
Engenharia da Unicamp para o campus de Campinas. Instituiu o prêmio “Profissional
do Ano” visando reconhecer os profissionais que se destacaram nas áreas da
engenharia, arquitetura e agronomia.
Trouxe, aperfeiçoou e difundiu para outras cidades o Projeto
Alfa que estabelecia um comportamento mais profissional nas relações de
trabalho com a população, inclusive organizando atendimento social para pessoas
de baixa renda. Depois apoiou o poder público quando este assumiu o mesmo
programa social. Importante também
foi liderar o Projeto Limeira que resultou na participação da categoria no
mundo político da cidade, além de palestras, cursos, simpósios, exposições e
etc.
Tudo
isto aconteceu quando o estatuto da AEAL previa para a diretoria, mandato de um
ano e permitia apenas uma reeleição consecutiva. Ou seja, para conseguir
realizar tudo isto existia um grupo grande de pessoas que se revezavam nos
cargos e perseguiam o objetivo único de engrandecer a entidade. Tanto funcionou
que daquele grupo surgiu, citando apenas o mundo político, um vice-prefeito,
dois vereadores, diversos secretários de governo e dirigentes do CREA.
Hoje,
quando diversas entidades se movimentam para garantir os direitos do cidadão,
eu não percebo a AEAL que, como a Luiza, deve estar no Canadá.
Sérgio
Lordello
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